Manhã
de inverno 2006. Dia de jogo do Brasil.Eu me dirijo a uma loja de Rock de
Dourados e começo a olhar a prateleira de CDs. Me deparo com um álbum do Marduk,
horda maldita oriunda da Suécia. Coloco o cd para tocar e sou surpreendido por
um Black Metal avassalador, com uma produção primorosa. World Funeral, álbum de
2002, é um cd primoroso na discografia da banda. Possui letras
incríveis, versando o poder enigmático que a morte nos exerce, além do típico
sentimento anticristão do estilo. Quem escuta esse disco não consegue ficar
indiferente, a cólera toma de assalto e só se pensa em matar, matar, matar....
Destaco as pedradas With Satan and Victorius Weapons, a beleza cadavérica de
Bleached Bones e a mezzo épica mezzo soturna Castrum doloris. Cabe citação a
fúria emanada de Hearse, o hino de guerra Bloodletting e a soturníssima
Blackcrowned, marcha fúnebre que nos coloca diante de nossa finitude vital. O
trabalho do vociferador Legion me assombrou positivamente. Atinge notas
altíssimas, com técnica e ódio emanados sem fim. Em momentos mais
melancólicos, por assim dizer, o cantor não se furta de cantar com emoção e
permite uma audição extasiante dessa obra do Black Metal. Jesus Cristo deve
sentir seu ânus arder diante de tanta fúria e blasfêmia desse play magnífico. O
tempo vai passar, muita água pela ponte vai rolar e do álbum obsceno, World
Funeral, jamais vou deixar de saudar.
Rafael Chulé Headbanger
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