Comando Metal Zine – Primeiramente agradecer
pela entrevista e aquela pergunta mais clichê do universo, porque batizaram o
nome de Leucócitos.
Bertz-
Nós que agradecemos o espaço Márcio, é sempre uma honra participar do Comando
Metal zine. Batizamos na época da escola esse nome e foi até meio engraçado.
Quando formamos a banda em 1999, o Renato (baixista da formação original) teve
uma infecção urinária no primeiro show numa quermesse do bairro, onde a banda
ainda não possuía um nome e só tocávamos covers. O exame dele deu uma
porcentagem fudida de Leucócitos na urina, que fez o cara tocar aquele dia com
uma dor infernal (risos). Na escola, ele trouxe o exame e achamos esse nome
bacana por ser um glóbulo branco presente no sangue que age muito rápido na
defesa do organismo contra infecções, doenças e alergias de qualquer ser
estranho que apareça. Nosso mascote (Leucócitos) é vermelho, agressivo e trás
essa característica de defender algo e mostrar os sintomas de uma sociedade
doente e combatemos com uma música rápida contada em português sarcástico.
Renato-
Salve Marcio, a satisfação é toda
nossa de participar do Comando Metal Zine. Creio que o Bertz descreveu muito
bem a origem do nome. Só posso complementar que durante o show da quermesse em
questão, eu atribuía a dor ao nervosismo de subir ao palco pela 1ªvez na vida.
Mas no dia seguinte a dor foi insuportável e tive que ir ao medico. Minha urina
estava escura e densa como mel. A taxa de Leucócitos que normalmente era de 15
mil estava superior a 1milhão. Ai não teve jeito. Legal foi descobrir que a
função do Leucócito no corpo é reagir como defesa do organismo e esta dentro de
todo mundo. O nosso som serve como um alerta pra todo mundo: Ei, reage! Busque
a cura para este sistema doente!
Digão-
Grande Marcio, puta honra essa oportunidade
e aproveito para agradecer por todo apoio que você vem dando ao Underground em
todo esses anos. Bom, cheguei em 2013 e sobre o nome, os caras já disseram tudo
(risos). O fato é que realmente esse nome tem tudo a ver com a proposta da
banda.
Paulo Medina- Fala Marcio, prazer em
conhecê-lo! Então, eu fui o último a entrar na banda, que já tem uma longa
história na estrada do Underground. Quanto ao nome, eu acho sensacional. Pela
proposta em si, que justamente foi um dos motivos deu aceitar o convite e fazer
parte da banda.
Comando
Metal Zine – Vocês tem uma música com o nome de Maluf e Collor, será que vai
pintar outra musica Sarney e Temer, Lula e Dilma rsrsrsrs.
Bertz- É
bem possível e se encaixa pra todos, fala ai? (risos). Acho que o público pode
substituir por qualquer político que fez ou faz parte da história negativa do
nosso país! Quando fiz essa letra, pensei neles por representarem dois cargos
importantes de construção de uma democracia (Governador e o Presidente), do
começo ao fim ambos fracassaram e fuderam com uma geração... e o mais triste:
eles ainda estão lá! Na época dos “caras pintadas”, eu tinha 7 anos e sentia
que algo estava errado, mas não entedia o porquê. São políticos que marcaram
uma história que se repete no presente momento com outros nomes, personagens no
mesmo palco sujo, podre e que jogam no mesmo time de corruptos históricos do
Brasil. É uma música que todos da banda gostam o público também e às vezes eu
acrescento o nome de outros ao vivo.
Renato-
Eu interpreto este som como uma
critica ao povo brasileiro que não sabe votar. Maluf e Collor foram dois
condenados por corrupção comprovada, assim como qualquer um que você citou
acima; e mesmo assim, a galera continua a elegê-los! Ou seja, este país já era.
A politica do “rouba mas faz” já esta enraizada. Hoje este som está mais com a
cara de Temer & Aécio e logo aparecerão outros pra gente xingar...
Digão-
Hoje o que não falta é políticos e
outros lixos que estão no controle de toda essa palhaçada que assola o pais.
Hoje o que prevalece é a lei do “faz me rir”. E nós (o povo) sobram apenas o
sentimento de revolta... a revolta que está apresentada em nossas letras.
Paulo Medina- Complicado ter de mostrar
essa cara do nosso país, que como os manos aí disseram, acabam sendo o retrato
de uma grande parcela da sociedade. Aquele retrato de uma galera que leva
vantagem onde pode, aquele que estaciona na vaga do deficiente físico, que fura
fila, que leva o troco a mais pra casa sem se importar com a pessoa do caixa
que vai ter de pagar do bolso, saca? O país está cheio dos politizados de Facebook
e correntes do Whatsapp que não sabem nem a fonte do que leram, mas
redistribuem como verdade absoluta. Chegam a acabar com amizades, ou estragam
laços de família defendendo politico FDP que só age em causa própria ou grupo
dos mesmos.
Comando
Metal Zine – A banda foi formada em 1999, mas de 2013 até o momento que a banda
engatou vários shows e foi mais produtiva?
Bertz- Sim,
produziu bastante! A entrada do Everton em 2012 e do Digão em 2013 trouxe mais
vida pro Leucócitos no geral. Ambos deixaram a banda mais agressiva, ganhou
peso, velocidade, resgatou alguns valores, aproximou amizade e uma zueira nos
ensaios, eles entenderam a nova proposta da banda. O Everton era muito rápido,
foi o 4º baterista a passar pela banda, ele puxou uma pegada que proporcionou
todo mundo evoluir, principalmente eu que precisava agredir mais nas letras e
cantar mais rápido. O Digão é guitarrista de Death Metal e toca no Mortal Hate,
chegou com amplificador semi valvulado e uma Jackson; na época, colava nos
ensaios da banda desde 1999 quando era moleque, o que facilitou pela amizade e
a comunicação até hoje. Lançaram “Ao vivo de 15 anos”, tocaram com mais de 22
bandas da cena underground e bandas de projeção nacional. Foi uma formação
muito importante pra shows, sons novos e amizade.
Renato-
Todos os outros ex-integrantes foram
importantes para a formação do nosso som, ajudaram na composição e na criação
de riffs, mas creio que eles plantaram uma semente e seguiram suas vidas e seus
projetos de banda e de vida. Eu e o Bertz tínhamos a ideia do tipo de som que a
banda soasse, mas somente com estas ultimas formações que a gente se
identificou com o que a gente queria. Conseguimos nos superar com nossos
instrumentos e criar sons mais “nervosos”, que era uma limitação que tínhamos
no passado. Hoje a gente consegue executar o som como imaginávamos, e isso é
muito legal! Praticamente a partir de 2013 que começamos a criar sons novos com
a pegada que sempre queríamos, além de enriquecer os sons mais antigos, até
para que a diferença não fosse tão gritante.
Digão- Como o meu irmão Bertz disse, acompanho esses lixos
desde 1999 (com 13 anos de idade) e hoje estou aí, trazendo peso absurdo, alguns
elementos que antes não eram usados como timbres extremamente pesados e
harmônicos com wah wah e a porra toda. O que tento trazer também é um pouco do
Death Metal como os riffs palhetados, abafados e por aí vai! Acredito que
estamos fazendo um ótimo trabalho. Sobre os ex-integrantes, eu conheci praticamente
todos e tive o prazer de acompanhar toda essa mudança da banda e hoje estou ai
tentando acrescentar alguma coisa rsrsrsrs.
Paulo Medina- Sim, e eu como expectador
só fui acompanhando essa evolução kkkkkkk. Eu também sou um dos que vieram do Metal,
eu, como baterista do Pullverizer (até hoje). E a exemplo do Digão, vim com um
Set de batera meio avantajado em relação ao passado da banda... Pratos e mais
pratos, pedal duplo.
Comando
Metal Zine – Como foi o convite para participar do Tributo Brasileiro ao
Misfits e a banda brasileira Lobotomia?
Renato-
O Misfits apareceu na minha vida em
1998 e de lá pra cá eu fiquei xarope. Isso se reverteu em coleção de camisetas,
CDs, Lps e um zilhão de coisas. Na época da criação do Leucócitos foi inevitável
a influência. Tocávamos vários covers e já chegamos a nos apresentar todos com
a camiseta dos caras. Hoje me controlo mais e não forço a barra pra tirar
musicas dos caras (risos). Porém, por ser “doente”, eu soube através da pagina
UHP Record (Universo Horror Punk) do Erik Dvan (Dr Murder) que eles iriam fazer
uma coletânea com bandas nacionais tocando um som dos caras. Devilock foi o som
escolhido até porque, na nossa opinião, o disco Earth Ad é o melhor do Misfits,
além de que a sonoridade deste álbum se assemelha ao nosso som hoje. Legal que
consegui encaixar o Mortal Hate (trampo Death Metal do Digão) e o Blasthrash
(antiga banda do Henrique Perestrello, atual Heritage que é outro doente por
Misfits) que só deixou a coletânea mais fudida. Já o Lobotomia surgiu durante
os preparativos da gravação do Misfits. Fomos convidados, gravamos, mas não
sabemos ao certo se irão lançar. Preferimos deixa-lo “engavetado” até por medo
de cobrança de direitos autorais... sabe como é, né?
Bertz-
O Renato é o cara certo pra falar do
Misfits, resumiu como foi, era algo que não podia deixar passar porque a banda
nasceu praticamente de trocentos covers que fazíamos do Misfits. O foda é que todo
mundo estava sem um puto no bolso pra gravar quando o convite apareceu... vendi
até meu ampli de voz pra pagar minha parte no estúdio e o Misfits ficou uma
bosta, principalmente meu vocal! Tivemos que regravar tudo de novo o som do
Misfits em outro estúdio em São Bernardo do Campo/SP, que melhorou 100% do que
tínhamos feito da primeira vez. A versão verdadeira é com backing vocals do
Digão (que também teve que regravar a Devil Doll pro tributo com Mortal Hate no
mesmo estúdio em SBC). Sobre o Lobotomia, prefiro nem comentar.
Digão-
O tributo ao Misfits foi sensacional,
não só pela importância do Misfits no cenário Punk, mas também na importância
do Misfits na formação musical do Leucócitos. Porém, o que pro Leucócitos
pareceu totalmente tranquilo pra gravar, no Mortal Hate foi treta tentar
encaixar a Devil Doll numa pegada Death, mas rolou kkkkkk. O tributo do
Lobotomia infelizmente foi uma certa decepção que chegou a fazer eu perder o
prestigio pela banda...então segue o jogo kkkkk
Paulo Medina- Então, esse tributo eu não
participei, mas venho acompanhando com os caras os comentários e resenhas a
respeito. Particularmente conheço pouco dos caras e outras bandas do gênero
rsrsrs. Já teve amigos do Metal que vieram me perguntar o que estou fazendo
numa banda Punk/Crossover? Só respondo que estou tocando amigos de grande
tempo, e que fazem um som com uma proposta foda e enérgica, crítica pra
caralho, que também sou.
Comando
Metal Zine – Em 2014 lançaram Leucócitos 15 anos, como foi a divulgação e
receptividade?
Bertz-
Foi muito boa a receptividade, só não
conseguimos uma divulgação maior por conta de grana. Quem pegou esse ao vivo
percebeu que foi feito todo artesanal: capa colorida de impressora, cd e
letras, tudo montado a mão e estamos masterizando ele novamente com uma capa
nova que será feita em gráfica mais pra frente. É o que temos de mais próximo
do que estamos fazendo hoje.
Renato-
Precisávamos de alguma forma mostrar
pra galera como nosso som soava nos dias de hoje, até porque quem ia ao nosso
show nesta época ficava impressionado com a mudança, pois a galera estava
acostumada com o Leucócitos das antigas. Surgiu de última hora a oportunidade
de captar o som da mesa e não pensamos duas vezes em fazê-lo. Além de ser um
material pra nós, foi o único registro de um puta evento organizado pelo
Rodrigo Marques que envolveram 3 datas com uma porrada de banda underground de
Metal e Punk de Mauá e região. Futuramente ele será remasterizado com capa
decente, mas antes virá um material de estúdio.
Digão-
Esse ao vivo foi ótimo até pra nós
sabermos como estava soando a banda ao vivo. Como o Renato disse, tivemos a oportunidade
de sair com toda a capitação que teve no palco, uns 15 microfones, não lembro!
Pegamos tudo, levamos pra minha casa e fomos fazendo o que estava ao nosso
alcance e ao alcance do que eu conhecia de gravação, mixagem e masterização (o
que não era muito rsrsrsrs). Logo mais vai sair uma nova mixagem desse ao vivo
e vai ser animal.
Paulo Medina- Esse show foi bem bacana,
tive a oportunidade de assistir os caras, e também toquei no dia com o
Pullverizer.
BERTZ STIGE DIVE |
Comando Metal Zine – Recentemente ouve a saída
do baterista Everton e passaram um período inativo.
Bertz- O
Everton deixou a banda na gravação do tributo ao Misfits e não podíamos disperdiçar
aquela oportunidade; respeitamos a decisão dele sair naquele momento e ficou
tudo na boa. Tocou 5 anos com a gente e até numa questão anterior ressaltei
como ele foi importante musicalmente. Ele é nosso amigo até hoje e até compareceu
no último show que tocamos com Paura e Desalmado com Medina na batera. Não
ficou mágoa, puta cara talentoso e gente boa. Espero que ele continue tocando,
mesmo que seja outro estilo.
Renato-
Baterista é uma raça extinta, ainda
mais se tratando deste tipo de som (risos). Somos extremamente gratos ao
Everton, mas entendo que ele tinha outras prioridades e não podemos condena-lo
pelas escolhas dele. Ninguém é obrigado a viver o Underground, mas como dito
pelo Bertz, há oportunidades únicas que não podemos desperdiçar. No Underground
pude fazer amizades e tive a oportunidade de conhecer muita gente e até tocar
junto com meus ídolos, como Jabá do Periferia SA e ex-RDP e Jão do RDP dentre
vários outros. Pra mim isto tem um peso, talvez pra ele não... paciência! Bom
que o Medina caiu do céu e a banda hoje, com toda certeza do mundo, digo que
estamos no melhor momento musical e de relacionamento possível.
Digão- O Everton é um excelente batera, toca pra caralho,
tem um nível criatividade elevado que não se vê nem em bandas mais conhecidas.
Ele também é um cara gente fina demais, mas acho que tudo tem seu tempo e o
dele no Leucócitos chegou ao fim nessa época e foi melhor pros dois lados. Se
caso ele ler essa entrevista... abraço Cheeeeefe!!!
Paulo Medina- Bem, nesse período
“sombrio” da banda eu estava afastado da música por ter ido para Santa Catarina
em busca de trampo e algumas novas oportunidades de vida que não via mais aqui
em São Paulo.
Comando Metal
Zine – Como chegaram até o novo baterista Medina?
Bertz-
Paulo Medina toca no Pullverizer,
banda antiga de Thrash Metal aqui da cidade que nasceu no mesmo ano do
Leucócitos, ambas tocavam juntas em alguns eventos e o Pullverizer ficou
estacionado por um tempo, pois ele havia saído pra morar fora. Fizemos um
anuncio procurando baterista nas redes sociais e ele estava em Santa Catarina.
Antes de voltar pra SP, manifestou sua vontade de tocar conosco e voltar com
Pullverizer; pra gente foi bem no momento que estávamos parados e foi uma honra
porque continuaríamos no mesmo nível ou até melhor que estávamos. Ele pegou as
músicas muito rápido, toca pesado, tem técnica, bem equipado e sempre foi um
grande amigo. Assim como o Digão, só somou na formação e deu fôlego pra gente
continuar. Uma curiosidade que não sabíamos foi que ele quase entrou no Korzus
em 1998 num teste pra baterista na turnê do KZS, se tivesse entrado, o primeiro
show seria no Phillips Monsters daquele ano na pista de atletismo do Pacaembu
no qual eu estava presente.
Renato-
Como dito pelo Bertz, o Pullverizer
já tocava junto conosco desde o inicio da banda. Eles são de Dezembro de 1999 e
nós de Agosto. Quando a gente estava na caça, ele mencionou que se voltasse de
SC pra SP ele voltaria com o Pullverizer e tocaria conosco. Mano, tem horas que
eu falo pros caras que temos que doar umas cestas básicas, alimentar uns
mendigos, sei lá bicho... Tivemos muita sorte com o Medina. O cara é um irmão...
não há definição melhor. Musicalmente então, dispensa comentários.
Paulo Medina- Foi um momento foda para mim, ficar longe da música e dos amigos,
família e tals. Alcancei várias coisas que fui buscar, e tive a oportunidade de
voltar à terra natal... Já neste tempo, o Digão já tinha vindo conversar comigo
sobre essa possibilidade de entrar na banda após eu comentar num post do Leucócitos
que se estivesse em SP seria uma honra fazer parte! Como disse o Renato, a
sensação de tocar na banda é essa mesma: tocar com irmãos e caras com uma
cabeça ótima e uma visão de mundo parecida com a minha, fora o fato que os
caras são super competentes com a proposta que assumem.
Digão-
Como o Medina disse, a gente estava
flertando sobre ele entrar na banda enquanto ele estava em Floripa. Quando o
cara chegou a São Paulo deu até mó acelero no coração kkkkkkk. Sensacional essa
entrada e só veio a somar.
Comando Metal Zine – O Leucócitos fizeram
vários shows com bandas undergrounds e de Projeção Nacional, quais vocês
consideram, importante na carreira do Leucócitos?
Bertz-
Todos os shows (risos). Tocamos com
Ratos de Porão, Periferia S.A, Bywar, DZK, Periferia S.A, Auto Gestão,
Menstruação Anárquica, Herdeiros da Revolta, Excomungados, 88não, Molotov
Cocktel (USA), Subviventes, Mortal Hate, Endless War, Eternal Malediction,
Corsário Negro, Corpses Conductor, Claustrofobia, Comando Nuclear, Kremate,
Empire of Souls, Infected, Midnigthmare, Side Effectz, Andralls, Evil Mayhem,
Prophetic Age, Norace, Pullverizer, Magister, Soulitary, Final Nigthmare,
Breakout, Thythunder, Condenados, Chagas, Vozes de Combate, Baratas do ABC,
Street Noise, ACB, Anti-ima, Molotov Attack, Nocivos, Sanctorum, Ódio Brutal,
Angry, Imminentchaos, Paura, Desalmado e Ruptura.
Renato-
Não há. Todas são foda! Claro que
você dividir palco com bandas e pessoas que a gente só se deparava em revistas
ou discos é muito louco. Se fosse uma firma, com certeza “enriqueceria nosso
currículo”. Mas muitos moleques de ontem, já estão com CDs hoje e isso é muito
legal, ainda mais quando eles dizem que começaram a tocar após ver um show
nosso de 5, 10,12 anos atrás. O Bertz tem todos os flyers guardados com as
bandas... isso é um troféu pra gente!
Digão-
Eu vi vários shows do Leucócitos com
todas essas bandas e realmente não importa com qual banda seja, underground ou
projeção nacional, subir no palco e dividir experiência, trombar essas bandas é
foda pra caralho, mas tocar com o Periferia S/A e trocar ideia e tomar umas com
o Jão e o Jabá foi fodão kkkk.
Paulo Medina- No Leucócitos eu ainda não tive
essas oportunidades, mas virão certamente. Com o Pullverizer toquei com o
Torture Squad, por exemplo, e é uma sensação foda tocar com bandas que
admiramos e inspiram a acreditar na cena.
Comando Metal Zine – Quais as músicas que a
galera curte mais nos shows do Leucócitos?
Bertz-
Alcóolatra, Maluf e Collor,
Discriminado e Velório do Brasil.
Renato-
Acho que por incrível que pareça
aqui em Mauá as antigas são mais aceitas, até porque o pessoal já decorou.
Sedentário, Maluf e Collor e Progressão continuada são bem elogiadas também.
Aconselho o pessoal levar o encarte nos shows pra entenderem o recado das novas
(risos).
Digão-
A galera que é das antigas com
certeza tem as musicas mais clássicas na mente e nos shows cantam junto, sei lá
antigamente tinha essa coisa da galera manjar as musicas das bandas, hoje é
mais difícil, mas a galera tem curtido os sons novos e estão elogiando bastante.
Paulo Medina- Toda kkkkkkk!!! Eu como fã da banda, toco todas com máxima energia
possível.
Comando Metal
Zine – Quais bandas você
andam escutando atualmente?
Bertz- RDP, DFC, MX, DZK, Breakout, Violator, Gruesome,
Surra, Suicidal Angels, Cemitério e Condenados são algumas.
Renato-
RDP, DFC, Força Macabra, Lich King,
Insanity Allert, Violator, Municipal Waste, Toxic Holocaust, Crimson Ghosts e
no meu caso “o Misfits nosso de cada dia nos dai hoje”!
Digão-
Breakout (o play recém-lançado está
sensacional), Malevolent Creation, Violator, Corpus Mortale, Cannibal Corpse,
Suicidal Angels, RDP, Suicidal Tendencies... é muita banda pra fica
escrevendo...vire mexe uma sai da playlist e entra outra.
Paulo Medina- Slayer, Metallica, RDP,
Dream Theater, Pantera, Korzus, Torture Squad, Krisiun e por aí vai…
Comando
Metal Zine – Vocês estão trabalhando em novo trabalho tem previsão de
lançamento?
Bertz-
Estamos! Terá por volta de 15 sons e
alguns covers, a capa está pronta e estamos juntando grana pra gravação, por
isso, ainda sem previsão de lançamento.
Renato-
Esperamos muito por isso, mas as
coisas acontecem no tempo e na hora certa. Creio que a formação atual é esta.
Temos 15 sons escolhidos e já temos ideia de capa. Falta apenas grana e tempo.
Digão-
Essa porra desse play vai sair e vai
chutar o cu de mei mundo por ai.
Paulo Medina- Como dito, juntando a verba
entraremos em estúdio pra gravar.
Comando
Metal Zine - Quero agradecer muito pela entrevista. Considerações finais...
Bertz-
Valeu Márcio pela oportunidade de
mais uma vez participar aqui no seu zine após sairmos naquela na segunda
coletânea do Comando Metal zine, no qual eu tenho uma grande admiração pela
luta já há alguns anos, ajudando tantas bandas da nossa cena sofrível. Por
fim, fico com uma frase do ao vivo de 15 anos “A amizade é o que a gente leva
daqui; a gente não leva mais nada, leva só os momentos”. Compre materiais,
leiam zines e vá aos eventos undergrounds!!!
Renato-
Como dito pelo Bertz, muito obrigado
Márcio pela oportunidade. Vida longa ao Comando Metal Zine. E que a galera
tenha ciência de que se não apoiar o Underground uma hora ele vai pro saco.
Apoiar inclui ir a shows, comprar material, CDs, camisetas e por ai vai. Todo
mundo aqui trabalha e não sobrevive da musica que faz nem do zine que escreve.
Tudo é feito com cara, coragem e amor! Leucócitos fara 18 anos em Agosto e que
esta maioridade venha acompanhada do tão sonhado e esperado álbum de estúdio.
Digão- Valeu Marcião! Continue com esse trabalho e com essa dedicação,
assim como as bandas que estão na cena se fudendo há 20, 30 anos. Como meu
vizinho e amigo Renato (sim moramos quase um do lado do outro) a galera precisa
ter ciência que eles são a maior parcela responsável pro Underground existir,
sem galera no role apoiando bandas, as casas fecham e as bandas morrem! No
ultimo som que toquei com o Mortal Hate tinha 4 pessoas e eram integrantes de
bandas que iam tocar depois... como as bandas vão continuar ativa sem publico?
Não é nem um pouco legal ter que trabalhar o dia inteiro e deixar mulher e
filho em casa pra tocar pra meia dúzia de nego. Fizemos a nossa parte, mas é
triste ver as bandas se esforçarem e passarem por isso. Um forte abraço mano.
Paulo Medina- Valeu Marcio! Parabéns pelo
Zine e que tenha vida longa, dando a força de sempre para a cena underground
Nacional. Agradecer a galera que prestigia as bandas dos brothers, compra
material, que comparece aos shows, porque sem isso - como Renato disse - as bandas
vão se esvaindo e não haverá renovação musical para as futuras gerações.
TA CERTO QUE O RENATO TA ME DEVENDO UM CD DOS CARAS .MAS SOU FÃ DESTES CARINHAS DESDE QUE O BERTS TINHA CABELO E EU TAMBEM KKK SUCESSO IRMÃOS....
ResponderExcluirParabéns, maderfuckas'.
ResponderExcluirParabéns a banda! Sucesso!
ResponderExcluirParabéns grandes amigos, me lembro dos ensaios de garagem e noitadas de muito bate-papo. Hoje vcs fazem 18 anos, grande abraço. Edinho
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