Comando Metal Zine – Primeiramente
obrigado pela entrevista. Qual motivo de ter colocado o nome da Banda de
Hevora?
Nós que agradecemos pela oportunidade da
entrevista, pois é mais uma forma de apoio ao nosso trabalho, no caso, um
trabalho independente, na raça e na coragem! Bom referente ao nome da banda
Hevora, veio da bruxa da cidade de Evora em Portugal, diz a lenda que ela veio
ao Brasil Colonial e utilizou os conhecimentos dos nativos em suas bruxarias,
como a ideia era de ligar o nome da banda com temas medievais, culturas
antigas, maldições ... essas particularidades do heavy metal tradicional.
Quando entrei em 2004, houve uma reformulação na banda, até pensamos em mudar,
mas já havia uma boa aceitação do nome e mantivemos.
Comando Metal Zine – Vocês
dividiram o palco com algumas bandas importante, como Vulcano, Korzus, Paul di
Anno, Blaze Bayley. Como foi essa experiência?
A partir de 2005 começamos a ter uma boa
sequência de shows, sempre repertório autoral com um ou dois covers de bandas
consagradas, no começo foi difícil, procurando uma identidade, até que nosso
som começou a fluir bem até para quem curte outros estilos. Assim fomos
evoluindo, ganhando nosso espaço nos shows undergrounds e festivais locais bem
maiores como Metal Arena que rendeu uma boa crítica na Rock Brigade, quando surgiu o convite do Bueiro do Rock
para somente a Hevora abrir o show do Blaze Bayley e posteriormente para o Paul
di'Anno. Depois vieram mais bandas como Korzus, Hibria, Vulcano e a sensação de
dividir o palco com essas bandas é muito gratificante, ainda mais que sabemos
que todos passaram por muitas dificuldades semelhantes às nossas para ganharem
seu espaço.
Comando Metal Zine – Em 2006
vocês gravaram a demo intitulada de Breaking The Curse, mas esse material não
foi lançado oficialmente qual o motivo?
Em meados de 2007 decidimos gravar uma
Demo com 5 músicas, não tínhamos nem grana e nem experiência com gravação,
acertamos com um estúdio, o produtor era bom mas foi substituído por outro que
não conhecia nada de metal, depois o estúdio foi vendido, e nesses contratempos
tivemos que procurar outro produtor para tentar melhorar o material, o que não
foi possível, até poderia ser lançado 4 músicas, mas apesar de ser uma Demo
queríamos começar com qualidade.
Comando Metal Zine – Allan
Cleypton, você é o compositor da Banda, como funciona o seu método para compor?
Bom, o meu processo de composição começa
imaginando como será a música adequando o som à letra, depois crio a linha
vocal em cima de bases ou criamos os riffs
para que eu encaixe a linha vocal, depois passamos com o baixo e
bateria, para finalizar com os teclados, mas nem sempre é nessa ordem, no final
todos compomos juntos a parte instrumental em si. Quanto às letras pesquiso os
fatos, lendas, maldições, assassinatos, batalhas que aconteceram nessa terra
esquecida, a ideia foi escrever sobre algo nosso, semelhante ao que as bandas
lá de fora escrevem sobre suas terras geladas, há muito o que contar ainda e já
estão em processo de composição.
Comando Metal Zine – Como está
a agenda de shows do Hevora?
Nossa
agenda está parada no momento, estamos só divulgando o CD, pois estamos mudando
a formação, o guitarrista Del Prestes foi morar em Fortaleza mas já estamos
passando as músicas para outro grande guitarrista, o antigo baixista da banda,
Diego Iglesias está retornando ao posto, além de nosso baterista que está se
recuperando de um acidente grave, mas teremos um batera interino para voltarmos
aos shows muito em breve.
Comando Metal Zine – No inicio
do Hevora a Banda tinha algumas composições em português, pensam em gravar
alguma música em nossa língua pátria?
Realmente no início, cheguei a ver a
Hevora tocando músicas em português além do inglês também. Confesso que acho
bem estranho heavy metal em português, da minha parte não vejo essa
possibilidade, mas de repente poderá surgir citações em partes de músicas na
língua pátria, algo parecido com o trabalho da Miasthenia, muito admirada por
nós.
Comando Metal Zine – Comente
sobre as participações do Cd em especial do Mike Soares e Marcelo Ricardo da
lendária banda Megahertz?
As participações no CD foram muito
importantes, deram um alto ganho profissional, foi uma inspiração em projetos
como o primeiro trabalho do Avantasia que reuniu grandes nomes do metal
mundial, temos grandes talentos em todos os estilos na nossa cidade, grandes
bandas, então essa mistura ficou legal dentro das suas características que se
encaixaram muito bem em nosso som. Quanto ao Mike que produziu nosso CD, foi um
cara que deu o sangue para ficar o melhor possível, nos ajudou em todos os
processos da gravação e até em umas partes dos violões. O Marcelo Ricardo
gravou apenas uma música porque nosso baixista convidado, Cláudio Luz, que fez
praticamente todo o CD não pôde gravar devido a compromissos profissionais, mas
sua contribuição foi muito boa, um ingrediente thrash!
Comando Metal Zine – Falando
sobre Megahertz a produção ficou a cargo de Mike Soares e Kasbafy, porque a
escolha?
Na época de decidir onde gravaríamos,
Mike e Kasbafy montaram o Orange Studio, já éramos amigos de longa data, o Mike
já havia produzido várias bandas de metal como por exemplo a Empty Grace, excelente
banda de death metal de Teresina, então acertamos com eles, pela experiência e
excelência, pois já tínhamos uma experiência ruim com produtores que não
conheciam metal.
Comando Metal Zine – Conheço
algumas bandas ai do Piauí como Megahertz, Avalon , Scud, Zorates ... . Realmente aqui no Piauí, surpreende
pela qualidade das bandas, temos exemplos que poderiam tranquilamente despontar
no cenário nacional, na minha opinião, acredito que as bandas não conseguem ir
mais longe por falta de prioridade em seus projetos, pois é sempre algo
paralelo à sua vida profissional, família e etc, e nós também fazemos parte
disso, é complicado largar tudo e viver de música e ainda mais do metal. mas
voltando às bandas, acrescentaria Desgraça Maldita e Empty Grace (death metal),
Anno Zero (dark metal), Retalhador e Hommiced (thrash), Into Morphin e
Monasterium (doom, death metal), Obtus (HC)...
Comando Metal Zine – Qual o
seu cd de cabeceira que não sai do seu Player?
Cara, cd de cabeceira é complicado, são
muitos, depende de momentos... eu sou muito de escutar a discografia de uma
banda que curto muito, gosto de ouvir as músicas que não são as clássicas e
quanto ao estilo curto um pouco de tudo entre heavy tradicional, thrash, black,
folk, rock clássico ...tudo que seja bem trabalhado. A galera das bandas tem
todos suas preferências bem diversificadas, por exemplo o tecladista Leandro
Sales já curte um som mais doom e dark metal, o guitar Del Prestes curte quase
somente black metal e por aí vai, na hora de compor nossas música é inevitável
não identificar as referências.
Comando Metal Zine –
Considerações Finais ...
Bom, queríamos agradecer ao Comando
Metal pela entrevista, pelo apoio de sempre e exaltar a importância do blog,
principalmente para as novas bandas que surgem no cenário mostrar seu trabalho.
Também aproveitando a oportunidade que a Hevora está trabalhando para voltar
aos shows com uma nova formação, e estamos à disposição para tocar em novos
palcos e expandir nosso som Brasil afora!
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